O Governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), apresentou, na sexta-feira (29), na Câmara Municipal de São Luís, os primeiros resultados obtidos pela Caema e que estão mudando o atual quadro de defasagem de tratamento de esgoto sanitário e abastecimento de água na capital maranhense. Os resultados foram alcançados a partir das prospecções e investimentos de cerca de R$ 800 milhões.

A apresentação dos resultados iniciais foi feita pelo diretor-presidente da Caema, Davi Telles, e pelos diretores de Operações, Carlos Rogério, e de Meio Ambiente, José Luís Bastos, além do engenheiro Pedro Afonso. A audiência foi direcionada aos vereadores e representantes de várias entidades sociais e populares que participaram da audiência pública do dia 29. A apresentação foi proposta pelo primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, vereador Pavão Filho (PDT).

Entre os diversos pontos expostos pelo corpo diretor da Caema, destaque para o aumento de qualidade de vida da população, eliminação de déficits históricos em relação à oferta de água e coleta e tratamento correto de esgoto devolvendo água limpa para a natureza. O presidente da Caema explicou que todas estas metas estão sendo cumpridas, gradativamente, por todo o corpo de servidores da Caema, desde o lançamento do Programa ‘Água para Todos’.

Sete grandes projetos, alguns já em andamento e outros em processo licitatório, com início de obras nos próximos meses, foram evidenciados na apresentação, como a construção e ampliação das Estações de Tratamento Esgoto (ETEs), que elevarão de 4% para 70% o índice de esgoto coletado e tratado de forma correta.

“Nós teremos, na ETE Vinhais, que está entre as maiores do Nordeste, o atendimento de aproximadamente 15 bairros, beneficiando uma população de cerca de 350 mil moradores. Na ETE Anil, a principal meta, que é uma determinação expressa do governador Flávio Dino, é mudar a situação vergonhosa de baixos índices de esgoto tratado, resultado da falta de investimentos ao longo dos anos e da ausência de um planejamento sério para revitalizar o sistema de esgotamento sanitário em toda a Ilha de São Luís”, enfatizou Davi Telles.

Outro ponto importante na audiência foi a balneabilidade das praias. O presidente da Caema ressaltou que já está ocorrendo a despoluição de rios que compõem os corpos hídricos de São Luís. “Vamos seguir despoluindo os rios. Nós já efetuamos a retirada de todos os pontos de lançamento de esgoto do Rio Pimenta que, em alguns trechos, a natureza já se encarregou de fazer sua parte e o rio apresenta, em seu curso, pontos com água cristalina”, frisou.

Davi Telles afirmou, também, que, dentro de três meses, o Rio Claro estará despoluído. “Já estamos com um processo de licitação em curso para iniciar os trabalhos de despoluição do Rio Calhau. Assim também será feito nos outros rios importantes para o nosso sistema hídrico, como é o caso das Bacias do Rio Anil e do Bacanga”, explicou.

A Lagoa da Jansen, que já teve 12 pontos de lançamento de esgoto interceptados e deverá ter mais 15 retirados até julho deste ano, foi citada na audiência com um local que será referência para a prática de esportes náuticos após todo o processo de despoluição. Após a retirada de todos os pontos de lançamento e da biorremediação para cuidar do esgoto sedimentado, bem como reparo das comportas para renovação da água represada, a Lagoa poderá abrigar a prática de esportes náuticos, beneficiando o lazer do ludovicense. O serviço é executado em parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).

Plano de Esgotamento Sanitário

Em meio a uma série de outros questionamentos, atrelado ao plano de esgotamento sanitário, foram destacadas as ações desenvolvidas para dobrar a capacidade atual de abastecimento de água, por meio das obras de remanejamento da adutora e reforço de vazão do Sistema Italuís, que já estão 90% concluídas.

O diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Caema, José Luís Bastos, explicou que o reforço na vazão será propiciado com a substituição de canos de ferro fundido com espessura de 1.200mm por tubos de aço de 1.400mm, diminuindo o atrito, além da ativação de uma terceira bomba de captação, praticamente dobrando a capacidade de vazão, que chegará a 3.000 litros por segundo com a conclusão do em 2017.

Combate ao desperdício

Dentre ações da Caema, está o desenvolvimento do programa de combate a perdas, visto que a média de desperdício de água tratada é de aproximadamente 60%. O problema é motivado por fatores diversos, com grande ênfase na falta de hidrômetros e medição. Por isso, a Caema está instalando 130 mil hidrômetros em São Luís, o que está evitando erros nas leituras e subnotificação. No total, seis mil medidores já foram instalados.

Informações públicas

Esta foi a nona audiência pública em que a Caema leva à comunidade esclarecimentos sobre o Projeto de Esgotamento Sanitário da Capital. “Já estamos, há algum tempo, levando informações e integrando a população nas ações que estamos desenvolvendo dentro deste amplo projeto de revitalização e modernização da Caema”, disse o diretor-presidente da Caema, Davi Telles.

Davi Telles explicou que este é um momento de prestação de contas com o consumidor. “É desta forma que dizemos às comunidades o que estamos fazendo, ouvimos os problemas das comunidades e direcionamos ações rápidas para solucionar os problemas existentes. Quando assumimos a gestão da Caema encontramos erros históricos que, com certeza, prejudicam e muito a população. Com diálogo e ações concretas estamos mudando isso”, declarou.

O avanço das obras de recuperação e reforço de vazão do Sistema Italuís está colocando um fim à espera de várias décadas vivida pela população maranhense sobre a melhoria do abastecimento de água na capital. Em visita realizada na sexta-feira (22), com a presença do governador Flávio Dino foram vistoriados os trabalhos, que estão 90% concluídos e devem ser entregues ainda no segundo semestre deste ano. A fase atual compreende a passagem da nova tubulação da adutora por sobre o Estreito dos Mosquitos.

“Esta é uma obra que é esperada por décadas e que agora entra na fase final. Nós estamos aqui testemunhando a fase final, a mais complexa, a mais difícil, a mais onerosa, tecnicamente bastante sofisticada, que é exatamente a passagem da adutora por sobre o Estreito dos Mosquitos porque envolve uma série de variáveis técnicas que estão sendo enfrentadas pela Caema [Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão] e pela empresa construtora”, informou o governador Flávio Dino, ao lembrar do impacto positivo para os moradores e para as atividades econômicas na Grande São Luís.

O presidente da Caema, Davi Telles, lembrou que a obra é fundamental para o abastecimento de água de São Luís. “As obras do Italuís, o trabalho de hidrometração reduzindo perdas do abastecimento de água e melhorando substancialmente o fornecimento aos usuários, a distribuição e setorização das redes da cidade, entre outras obras, vem sendo feitas à luz do Programa ‘Água Para Todos’, e convergem de modo a sanar os problemas de falta d’água principalmente na capital, de modo que já apresentam resultado que se ampliam de maneira intensa, tornando-se muito mais perceptíveis”, declarou.

A obra está concentrada na altura do km 22, no Campo de Perizes, e tem como meta a recuperação de um trecho de 19 quilômetros da adutora, propiciando condições para o reforço de vazão do volume de água no Sistema Italuís e, por consequência, do abastecimento na Grande São Luís. A obra vem sendo realizada em três frentes de trabalho simultâneas e concentra-se na troca de tubos antigos de ferro fundido com espessura de 1.200mm por tubos novos de aço de 1.400mm, visando resolver uma situação crítica de rompimentos neste trecho.

Desde 2002 até 2015, o abastecimento de água foi penalizado por 29 rompimentos nesta localidade, já que os canos de ferro não suportavam mais a pressão exercida pelo volume de água, por conta da deterioração causada pelo atrito da vazão e a ação do tempo, devido à falta de manutenção nos últimos anos.

Além da substituição dos tubos, o projeto abrange ainda a montagem paralela de estruturas necessárias para garantir apoio e segurança à estrutura da adutora.  Também estão sendo colocados isoladores (toco) em polietileno reforçado em fibra de vidro, para reduzir danos e prevenir acidentes por conta da proximidade das linhas de transmissão da Eletronorte.

Toda a estrutura facilitará a realização de operações, como por exemplo, a colocação de válvulas de seccionamento que ‘represam’ a água em partes da adutora. “Isso permitirá que qualquer operação futura seja feita de forma mais rápida e eficaz, diminuindo inclusive prazos de reabastecimento. Antes era preciso fazer operações preliminares de escoamento da água, para só então executar substituições e outras operações”, explicou o coordenador de Projetos e Obras da Gerência de Projetos Especiais da Caema, Antônio Pereira Sales Junior.

Além disso, uma ponte de ferro em arco, medindo 100 metros de comprimento e 16 metros de altura em seu ponto mais alto, está sendo colocada por sobre o Estreito dos Mosquitos. “Os dutos que usarão a ponte como suporte de ligação vão substituir os que passam ao lado da ponte férrea existente. As dimensões da base dessa estrutura metálica de suporte, que levam os tubos para o lado da ilha, estão aptas a receber no futuro dutos de uma adutora paralela”, disse.

Outros investimentos

As obras de recuperação ao longo da adutora e medidas que contribuem para a sua modernização, bem como para o reforço de vazão no sistema, somam-se a uma série de outros investimentos executados pela Caema, que integram esforços do Governo do Estado, no sentido de diminuir o déficit de abastecimento de água na capital e em todo o Maranhão.

Com este objetivo, vários poços também já foram entregues à população em diversos bairros de São Luís. Nos 30 municípios mais pobres do estado, beneficiados pelo Plano ‘Mais IDH’, mais de 157.600 pessoas estão recebendo água potável por meio de implantação de poços e sistema de abastecimento.

Com a finalidade de arrecadar doações para ajudar mães de bebês diagnosticados com microcefalia, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), está desenvolvendo uma campanha junto a seus colaboradores. A campanha foi formulada pela Diretoria de Gestão - GEPE/Serviço Social e conta com apoio de todos os outros setores da empresa.

A campanha “SOS para Crianças Portadoras de Microcefalia”, apesar de já estar em vigor, terá seu lançamento oficial dia 10 de maio e vai durar até o dia 10 de junho. De acordo com a coordenação, além de arrecadar doações, a campanha tem como meta envolver os colaboradores, incentivando o espírito de solidariedade.

Os produtos arrecadados serão doados às mães consideradas de baixa renda, que possuem filhos com faixa etária entre 6 meses e 1 ano diagnosticados com microcefalia. Podem ser doados leite, artigos de higiene pessoal, peças de enxoval, roupas e brinquedos para estimulação infantil (visual e motora).

As doações podem ser entregues na unidade da Caema no Sacavém, na sede da empresa no setor de Serviço Social, ou na Diretoria de Gestão.

A Caema realizou, no último domingo (17), palestra educativa para informação e conscientização da importância do uso correto e racional da água, bem como preservação dos recursos hídricos, direcionada à apenados que cumprem regime aberto de ressocialização na Casa de Albergado e Egresso – CAEE, no Centro, em São Luís.

A palestra foi incentivada e realizada com apoio da Secretaria de Estado de Administração de Penitenciária (SEJAP). Além de informar ao público participante a parceria entre as duas entidades, a palestra, ministrada por Saymon de Freitas Oliveira Lisboa, técnico ambiental da Caema, teve como objetivo contribuir com as bases preconizadas pela Lei de Execução Penal, proporcionando condições para o progresso de ressocialização e integração social dos apenados da casa sujeitos ao sistema de recolhimento noturno, e limitação de horários aos finais de semana.

De acordo com a técnica do setor de coordenação socioambiental, Neide Camila, os 20 internos que participaram como ouvintes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da história da Companhia e os projetos que estão em execução mudando os índices de esgotamento sanitário e do abastecimento de água potável para as famílias de todo o estado, além de aprenderem sobre o uso racional da água.

“Nós fizemos uma apresentação com recursos visuais apresentando um pouco do histórico da empresa e também dados e curiosidades sobre os prejuízos causados pelo desperdício”, resumiu.

Mutirão

Ainda no fim de semana, equipes da Caema participaram ativamente de um mutirão ocorrido no sábado (16), no bairro do Angelim, na capital, organizado pela comunidade através da Paróquia do bairro. Na oportunidade, as equipes que estão realizando obras de esgotamento sanitário na localidade prestaram auxílio aos moradores para recolhimento de materiais inservíveis, ajudando a fazer limpeza de locais que podiam considerados propícios aos desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti.

A Caema ainda prestou apoio logístico e organizacional para a realização das ações, fornecendo materiais necessários como sacos de lixo para veículos e disponibilizando água tratada aos participantes por meio dos aguadeiros, profissionais que portam recipientes com água própria para consumo, ajudando a combater o forte calor e matando a sede dos voluntários.