Com investimentos do Governo do Maranhão, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) vive seu melhor ciclo de investimentos, após 30 anos de negligência com a empresa pública. Com programas como o ‘Água para Todos’ e o ‘Mais Saneamento’, a realidade de muitas famílias está sendo transformada. Somente com o ‘Água para Todos’ foram destinados R$ 270 milhões e R$ 310 milhões com o ‘Mais Saneamento’.
“Temos uma gestão honesta e transparente para que o Governo seja de fato de todos, com obras em todas as regiões do Maranhão. A Caema era uma empresa completamente sucateada, deficitária e nós estamos conseguindo sanar isso. Criamos uma espécie de fundo de aumento de capital para que a Companhia possa realizar investimentos”, explicou o governador Flávio Dino.
De acordo com o presidente da Caema, Davi Telles, a Companhia vive o seu maior ciclo de investimento público, o que permitiu a elaboração de um audacioso plano que contemplou dois grandes projetos centrais: o ‘Água para Todos’ e o ‘Mais Saneamento’. Ambos os projetos visam essencialmente melhorar a cobertura dos serviços e a qualidade de vida da população em todo estado. Com os investimentos, também foi possível iniciar a captação e alocação de recursos para iniciar obras estratégicas e urgentes para resolver problemas de intermitência ou desabastecimento de água em bairros da capital e recuperar sistemas pelo interior.
Grande Ilha
Ainda em 2015, a Caema realizou obras, em caráter emergencial, para a melhoria do abastecimento de água na região central de São Luís. Os primeiros oito poços, com grande vazão, perfurados e estruturados pela nova gestão, foram colocados em atividade para levar água às torneiras de famílias no Bairro de Fátima; redondezas da Praça do Catulo da Paixão, na Vila Passos; Praça da Misericórdia e Parque do Bom Menino, no Centro; Outeiro da Cruz; e Monte Castelo. Posteriormente, outras áreas foram priorizadas. Quarenta e oito poços, entre perfurados (novos) e recuperados, já foram entregues pelo ‘Água para Todos’ somente na Grande Ilha.
Interior do estado
As ações de reforço ao abastecimento ocorreram em diversos municípios do estado. Em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, por exemplo, recebeu obras para melhorias na captação, Estação Elevatória de Água Bruta (EEA) e instalação de 40 mil metros de rede tronco de distribuição, reconfigurando todo o Sistema de Abastecimento de Água. Açailândia também receberá obras para total reabilitação do Sistema de Abastecimento de Água, beneficiando, em breve, uma população de 70 mil pessoas.
Também foram priorizadas a implantação do Sistema de Abastecimento de Água de Tutóia, Chapadinha, Barra do Corda e Barão de Grajaú. Somam-se a essas ações a perfuração de 12 poços tubulares de grande vazão em Santa Inês, São Mateus, Bom Jardim, Chapadinha, Imperatriz, São Francisco do Brejão, Montes Altos, Alto Alegre do Maranhão e Tuntum. Obras de mais 14 poços estão em andamento para beneficiar as populações de Morros, Satubinha, Olho D’Água das Cunhãs, Araguanã, Pio XII, Magalhães de Almeida, Colinas, São Bento, Alcântara e Axixá.
Além destes, há três outros poços, sendo um no Terminal de ferryboat do Cujupe, outro na área da Penitenciária de Pinheiro, e mais um em Presidente Dutra, com entrega prevista para o início de 2017. Davi Telles afirmou que em 2017 as obras de perfuração de poços pelo ‘Água para Todos’ seguirão avançando, com a perfuração de poços em mais 20 cidades, com a recuperação e ampliação de 60 Sistemas de Abastecimento de Água.
Em se tratando de fornecimento de água, a implantação da nova adutora do Italuís é o símbolo de todos os grandes investimentos feitos nesse sentido, especialmente um trecho de 17 km no Campo de Perizes. “A grandeza dessa obra, após a conclusão, permitirá que sejam injetados, na atual vazão, algo superior a um terço do volume disponível hoje. A vazão, que é de 1,8 mt³ por segundo, vai chegar a 2000mt³ por segundo. São 1.000 lts/segundo a mais, transportados via adutora, do Rio Itapecuru até a estação de tratamento em São Luís”, explicou Davi Telles.
Combate às perdas
Além dos investimentos para aumento da vazão, destacam-se ações de combate a perdas, visto que a média de desperdício de água tratada é de aproximadamente 60% motivada por fatores diversos, mas com grande enfoque na falta de hidrômetros e medição. Em 11 meses, a Caema já instalou cerca de 18 mil hidrômetros, uma marca superior ao que a Companhia alcançou em toda a sua história. Um feito que envolve não só a instalação, mas também o acompanhamento por meio de Projeto de Trabalho Social de Hidrometração.
Mais Saneamento
A Caema também está desenvolvendo obras de saneamento básico para tratamento de esgoto que serão intensificadas no próximo ano. Em Imperatriz, foi iniciada no mês de maio as obras para implantação de 11 km de rede coletora de esgoto, contemplando 2 mil ligações domiciliares, e beneficiando diretamente 10 mil habitantes no bairro Bacuri, o maior da cidade. A obra vai dar condições de salubridade e dignidade aos moradores.
“Eu estou aqui há 42 anos sem esgoto. Tem lixo e essa água fedida aqui na nossa porta, é doença o tempo todo. Essa obra aí vai melhorar demais as coisas aqui para a gente do Bacuri, vai parar de sair essa água suja e eu acredito que vai trazer mais saúde”, disse, contente, seu José Raimundo, vendedor de galinhas no bairro Bacuri.
Em São Luís, as ações buscam melhorar os índices de esgoto tratado, que era de apenas 4% – contrastando com cinquenta anos de atividades da empresa. Por conta disto, o Programa ‘Mais Saneamento’ recebeu recursos e metas a serem seguidas. Um dos mais importantes foi a retirada de pontos de lançamento de esgoto in natura visando a despoluição de áreas e rios da capital e da Lagoa Jansen. Além do benefício para as comunidades e bairros do entorno, a obra é importante para toda população de São Luís, uma vez que revitaliza um grande cartão postal da ilha.
Dentre a gama de obras importantes está a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), nas áreas do Vinhais e Anil, para operar conjuntamente com as do Jaracati e Bacanga, que também passarão por reformas, ampliação e adequações para funcionarem de forma correta. “Tanto a construção das ETEs, a do Anil com estrutura para tratar 100 l/s, ainda em fase obras, e a do Vinhais, uma das maiores do Nordeste, que já está operando e pode tratar 400 l/s de esgoto, bem como a recuperação das que já operavam representam um grande acerto que vem impactando positivamente em vários aspectos do saneamento, inclusive na balneabilidade das praias”, informou Davi Telles.